É engraçado...
No outro dia alguém disse que não gostava do fim do ano, pois fazia lembrar as resoluções de ano novo, que ninguém se lembra delas durante o ano inteiro e depois quando se vai a ver o que tínhamos pensado fazer, reparamos na quantidade de coisas que não fizemos e o quão "más pessoas" nós somos...
Por acaso ontem matutei um pouco nisso e tentei-me lembrar de aquilo que eu tinha proposto a mim mesmo fazer.
Para falar verdade nunca liguei muito a essas propostas e nunca tinha feito nenhuma até à... faz agora um ano, aqui nos Permanecer...
No entanto tentei mesmo lembrar-me e quando me lembrei olhei para todo o ano que passou... lembrei-me de tanta coisa que estava esquecida!
Ao comparar todo o meu ano, com a proposta reparei nisto: Eu fiz o que me tinha proposto...
e esta hein?
Agora vocês perguntam(certamente com estas exactas palavras): Oh António! Dá-nos essa tua incomensurável sabedoria para poder realizar tais projectos!
E eu ai respondo: Basta proporem a vocês próprios algo que vocês façam inconscientemente. Prometam algo que vocês sentem que é vosso dever e que querem fazer, mas que há algo que vos impede.
Passo a dar o meu exemplo:
Antes de me juntar ao GdJ, nunca me tinha questionado sobre nada, nem feito esforço algum para nada ou por ninguém. A minha vida era um dia a seguir ao outro e o que passava, passava... Nunca gostei que assim fosse, mas o hábito não me deixava ir para além disso e como disse nunca tinha lutado por nada, não sabia como o fazer.
Quando me juntei ao GdJ começaram-me a cair coisas em cima... aos poucos e poucos iam havendo "problemas" que estavam ao meu alcance de serem resolvidos por mim e que pareciam que chamavam por mim, que estavam à espera que eu os resolvesse e que se não fosse eu, ninguém o faria. Eu pensei: Que fazer se não arregaçar as mangas?
Comecei a roubar tempo àquilo que começou a "ter menos valor" e a aquilo que como que chamava por mim. A minha resolução de ano foi: Dar-me o meu tempo... mais do que isso; Dar-me àquilo que chamava por mim, por como me ensinou a Clemência: Amar é dar-se! e eu decidi Amar... já há muito tempo que procurava por isso...
Essa foi a minha proposta para o Ano 2007: Amar, apesar das barreiras. E apesar de ouvir ralhetes de chegar tarde a casa, de "sair demasiadas vezes lá pós grupos de jovens" e etc. fiz sempre o que podia para Amar...
Acho que resultou mais ou menos comigo.
Orações de Taizé
No último Domingo de cada mês,
na Paróquia de N.ª Sr.ª do Cabo em Linda-a-Velha, às 21h30
animamos uma Oração de Taizé.
Venham rezar connosco!
segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
Uma nova imagem
E que tal uma fotografia nova no blog hum? Esta já está a ficar desactualizada, nós estamos muito mais giros agora lol
Uma daquelas de Taizé era uma boa ideia, bem luminosa!
Beijinhos busílicos
Uma daquelas de Taizé era uma boa ideia, bem luminosa!
Beijinhos busílicos
sábado, 15 de dezembro de 2007
E tu? O que esperas?
E tu? O que esperas?
Confesso que no meio da azáfama habitual característica da época natalícia (não das prendas, porque não tenho paciência nenhuma para compras, mas das avaliações de final de semestre) , poucas vezes paro a pensar o que de facto espero com o Natal. As coisas sucedem-se a um ritmo tão frenético que parece impossível acompanhar tudo, conseguindo ao mesmo tempo manter uma visão objectiva do que nos rodeia. E consequentemente, fico sem saber o que espero da minha vida.
Não acho que seja uma pergunta de resposta assim tão abstracta, porque o abstracto implica uma ausência de referente, e não poderia haaver referência maior que a nossa vida ou a nossa fé. Mas concordo no que respeita à complexidade da questão...
Acredito que quando algo é difícil de responder, é porque se trata de uma coisa importante...e a que devemos tentar responder a toda o custo! Mas, se calhar, temos de perceber, e o retiro fez-m ver isso, que esta resposta não vem instantaneamente, ao abrir a torneira da inspiração divina, mas que é uma resposta que se constrói ao longo da nossa própria vida...
O que mais gostei no retiro foi a PAZ sentida após um dia tão cheio...a sensação de absoluta calma e serenidade após um dia que muitos colegas e amigos meus considerariam PERDIDO em termos de trabalho ou de lazer...e o mais engraçado é que aprendi mais a ouvir a opinião dos outros do que ao revelar as minhas ao resto do grupo. Por exemplo, a certa altura, num instante bem genuíno, o Daniel disse como o tinha ajudado na semana anterior o facto de chegar ao fim de cada dia e ver apenas o lado positivo de tudo o que lhe acontecera - como sou uma pessoa que me enervo facilmente e super stressada, não imaginam como me revi neste comentário! Estou sempre a queixar-me de TUDO! Esta semana, resovi imitá-lo, e acreditem...tudo correu muito melhor...estupidamente muito melhor!
Acho que foi pequenas coisas como esta que trouxe do retiro...a oração do terço, com as preces individuais de cada um; as conversas descontraídas/sérias pelo meio das árvores, uma metade de sandes de ovo partilhada, uma visão do mar que nunca agradecemos por existir (eu nunca agradeci pelo mar, embora ache que é das coisas mais extraordinárias do mundo), ...
Como já estou a divagar lol é melhor prar por aqui. Por enquanto é tudo!
Beijinhos da Busílis
Confesso que no meio da azáfama habitual característica da época natalícia (não das prendas, porque não tenho paciência nenhuma para compras, mas das avaliações de final de semestre) , poucas vezes paro a pensar o que de facto espero com o Natal. As coisas sucedem-se a um ritmo tão frenético que parece impossível acompanhar tudo, conseguindo ao mesmo tempo manter uma visão objectiva do que nos rodeia. E consequentemente, fico sem saber o que espero da minha vida.
Não acho que seja uma pergunta de resposta assim tão abstracta, porque o abstracto implica uma ausência de referente, e não poderia haaver referência maior que a nossa vida ou a nossa fé. Mas concordo no que respeita à complexidade da questão...
Acredito que quando algo é difícil de responder, é porque se trata de uma coisa importante...e a que devemos tentar responder a toda o custo! Mas, se calhar, temos de perceber, e o retiro fez-m ver isso, que esta resposta não vem instantaneamente, ao abrir a torneira da inspiração divina, mas que é uma resposta que se constrói ao longo da nossa própria vida...
O que mais gostei no retiro foi a PAZ sentida após um dia tão cheio...a sensação de absoluta calma e serenidade após um dia que muitos colegas e amigos meus considerariam PERDIDO em termos de trabalho ou de lazer...e o mais engraçado é que aprendi mais a ouvir a opinião dos outros do que ao revelar as minhas ao resto do grupo. Por exemplo, a certa altura, num instante bem genuíno, o Daniel disse como o tinha ajudado na semana anterior o facto de chegar ao fim de cada dia e ver apenas o lado positivo de tudo o que lhe acontecera - como sou uma pessoa que me enervo facilmente e super stressada, não imaginam como me revi neste comentário! Estou sempre a queixar-me de TUDO! Esta semana, resovi imitá-lo, e acreditem...tudo correu muito melhor...estupidamente muito melhor!
Acho que foi pequenas coisas como esta que trouxe do retiro...a oração do terço, com as preces individuais de cada um; as conversas descontraídas/sérias pelo meio das árvores, uma metade de sandes de ovo partilhada, uma visão do mar que nunca agradecemos por existir (eu nunca agradeci pelo mar, embora ache que é das coisas mais extraordinárias do mundo), ...
Como já estou a divagar lol é melhor prar por aqui. Por enquanto é tudo!
Beijinhos da Busílis
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
Vocação
Este retiro foi aquele em que eu tinha mais coisas para dizer e foi aquele em que não disse nada...
São coisas que eu não gosto de falar, porque não quero que as outras pessoas oiçam para "bem delas".
No entanto a pergunta perturbou-me: E eu? O que é que eu espero?
Há pouco tempo fui-me confessar e esta foi uma das perguntas que coloquei a mim mesmo, pois acho que aquilo que eu espero tem directamente a haver com a minha vocação. O problema está em eu não saber qual é, e por isso não sei qual é a minha esperança, o meu sonho, o meu horizonte...
É engraçado, porque eu já tinha ido aquele "morro". Não fazia ideia que havia lá uma capelinha, mas eu fui e 3 ocasiões diferentes:
- Fui andar de bicicleta com o meu irmão e um amigo dele há já uns 4 ou 5 anos e fizemos um percurso diferente fizemos a subida, mas por outro lado do morro, mas fomos dar a um sítio também com uma vista lindíssima para o Tejo.
As outras duas foram este ano em que:
- Fui andar de bicicleta com o Fonseca e o Pedro (um que era da nossa turma) e fizemos uma paragem também numa outra encosta do morro e eu rendi-me a ficar lá a ver o espantoso pôr-do-Sol
- E outra em que eu e o Bruno fomos também andar de bicicleta onde também ficámos noutra encosta do morro e também ficámos num sítio a comer qualquer coisa e a olhar também para a vista.
E no meio de isto tudo para dizer o quê?
Já não me lembro, mas sei que me fez impressão porque na igreja, na manhã do retiro, falámos imenso do nosso Horizonte e quando nós chegámos lá acima, à capelinha, olhei para a paisagem, para o rio e não vi horizonte nenhum. Havia uma neblina que misturava azul com azul, o mar com o céu, o Horizonte com o Céu. E isto fez-me lembrar do que o Cónego Tito me disse no confessionário: A nossas vocação é sermos Santos.
Na altura a resposta não me ajudou de muito, mas é como pedra no sapato... é pequena mas chateia!
Fiquei eu a conhecer o meu Horizonte?
Fiquei a saber o que é que eu espero?
Fiquei a saber o que é que eu posso fazer para atingir aquilo que eu espero?
Não
Mas ajudou...
São coisas que eu não gosto de falar, porque não quero que as outras pessoas oiçam para "bem delas".
No entanto a pergunta perturbou-me: E eu? O que é que eu espero?
Há pouco tempo fui-me confessar e esta foi uma das perguntas que coloquei a mim mesmo, pois acho que aquilo que eu espero tem directamente a haver com a minha vocação. O problema está em eu não saber qual é, e por isso não sei qual é a minha esperança, o meu sonho, o meu horizonte...
É engraçado, porque eu já tinha ido aquele "morro". Não fazia ideia que havia lá uma capelinha, mas eu fui e 3 ocasiões diferentes:
- Fui andar de bicicleta com o meu irmão e um amigo dele há já uns 4 ou 5 anos e fizemos um percurso diferente fizemos a subida, mas por outro lado do morro, mas fomos dar a um sítio também com uma vista lindíssima para o Tejo.
As outras duas foram este ano em que:
- Fui andar de bicicleta com o Fonseca e o Pedro (um que era da nossa turma) e fizemos uma paragem também numa outra encosta do morro e eu rendi-me a ficar lá a ver o espantoso pôr-do-Sol
- E outra em que eu e o Bruno fomos também andar de bicicleta onde também ficámos noutra encosta do morro e também ficámos num sítio a comer qualquer coisa e a olhar também para a vista.
E no meio de isto tudo para dizer o quê?
Já não me lembro, mas sei que me fez impressão porque na igreja, na manhã do retiro, falámos imenso do nosso Horizonte e quando nós chegámos lá acima, à capelinha, olhei para a paisagem, para o rio e não vi horizonte nenhum. Havia uma neblina que misturava azul com azul, o mar com o céu, o Horizonte com o Céu. E isto fez-me lembrar do que o Cónego Tito me disse no confessionário: A nossas vocação é sermos Santos.
Na altura a resposta não me ajudou de muito, mas é como pedra no sapato... é pequena mas chateia!
Fiquei eu a conhecer o meu Horizonte?
Fiquei a saber o que é que eu espero?
Fiquei a saber o que é que eu posso fazer para atingir aquilo que eu espero?
Não
Mas ajudou...
E tu, o que esperas??
Foi este o grande tema, por assim dizer, do nosso retiro de advento.
E quantas vezes é que nós já nos debruçámos sobre esta pergunta?? Se calhar já pensámos nisto algumas vezes, mas nunca chegamos a respostas concretas ou essa resposta não nos satisfaz ou etão não sabemos mesmo o que responder, como dizia a Raquel “é muito abstracto” e complexo.
Para mim a resposta a esta pergunta a princípio pareceu me complicada, durante o caminho todo que fizemos até à ermida no alto da Boa viagem fui pensando nela. E mesmo quando cheguei lá em cima e vi aquela paisagem: o mar, a maginal, a natureza :) Foi a primeira vez que fui lá a cima de dia e vi realmente a vista (porque ou vou lá para veladas d'armas nos escuteiros, que é de noite, ou então só passo lá) e isso fez me pensar a sério naquilo que eu esperava e pareceu me que tinha encontrado uma resposta: nascimento de Jesus no meu coração, na minha vida e na das pessoas que me rodeiam e tentar desprender me um pouco da nossa realidade tão mundana, simples, concreta, minimalistas, consumista etc etc...
Mas depois do retiro esta resposta não me contentou, vim para casa a pensar neste pergunta e cheguei à conclusão de que para mim é muito difícil dar uma resposta. Não significa que o que eu tinha dito anteriormente não fosse algo que eu esperava mas era apenas uma pesquena parte.... Penso que espero muito mais, mas ainda não sei o quê concretamente... penso que por agora ainda só consigo pensar numa resposta a curto prazo, uma meta curta, mas não é isso que quero e talvez zeja também já uma parte da resposta :P arranjar metas a longo prazo J
Mas sendo assim, quero incluir esta pergunta e a resposta no meu compromisso.
Assim para aqueles que não foram e para aqueles que foram fica aqui a minha partilha sobre o retiro =)
E para aqueles que não foram proponho-vos o mesmo desafio que foi proposto no retiro: E tu o que esperas?? E qual o teu compromisso?
E quantas vezes é que nós já nos debruçámos sobre esta pergunta?? Se calhar já pensámos nisto algumas vezes, mas nunca chegamos a respostas concretas ou essa resposta não nos satisfaz ou etão não sabemos mesmo o que responder, como dizia a Raquel “é muito abstracto” e complexo.
Para mim a resposta a esta pergunta a princípio pareceu me complicada, durante o caminho todo que fizemos até à ermida no alto da Boa viagem fui pensando nela. E mesmo quando cheguei lá em cima e vi aquela paisagem: o mar, a maginal, a natureza :) Foi a primeira vez que fui lá a cima de dia e vi realmente a vista (porque ou vou lá para veladas d'armas nos escuteiros, que é de noite, ou então só passo lá) e isso fez me pensar a sério naquilo que eu esperava e pareceu me que tinha encontrado uma resposta: nascimento de Jesus no meu coração, na minha vida e na das pessoas que me rodeiam e tentar desprender me um pouco da nossa realidade tão mundana, simples, concreta, minimalistas, consumista etc etc...
Mas depois do retiro esta resposta não me contentou, vim para casa a pensar neste pergunta e cheguei à conclusão de que para mim é muito difícil dar uma resposta. Não significa que o que eu tinha dito anteriormente não fosse algo que eu esperava mas era apenas uma pesquena parte.... Penso que espero muito mais, mas ainda não sei o quê concretamente... penso que por agora ainda só consigo pensar numa resposta a curto prazo, uma meta curta, mas não é isso que quero e talvez zeja também já uma parte da resposta :P arranjar metas a longo prazo J
Mas sendo assim, quero incluir esta pergunta e a resposta no meu compromisso.
Assim para aqueles que não foram e para aqueles que foram fica aqui a minha partilha sobre o retiro =)
E para aqueles que não foram proponho-vos o mesmo desafio que foi proposto no retiro: E tu o que esperas?? E qual o teu compromisso?
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