Orações de Taizé

No último Domingo de cada mês,
na Paróquia de N.ª Sr.ª do Cabo em Linda-a-Velha, às 21h30
animamos uma Oração de Taizé.


Venham rezar connosco!

segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Fim de Ano

É engraçado...

No outro dia alguém disse que não gostava do fim do ano, pois fazia lembrar as resoluções de ano novo, que ninguém se lembra delas durante o ano inteiro e depois quando se vai a ver o que tínhamos pensado fazer, reparamos na quantidade de coisas que não fizemos e o quão "más pessoas" nós somos...

Por acaso ontem matutei um pouco nisso e tentei-me lembrar de aquilo que eu tinha proposto a mim mesmo fazer.

Para falar verdade nunca liguei muito a essas propostas e nunca tinha feito nenhuma até à... faz agora um ano, aqui nos Permanecer...

No entanto tentei mesmo lembrar-me e quando me lembrei olhei para todo o ano que passou... lembrei-me de tanta coisa que estava esquecida!
Ao comparar todo o meu ano, com a proposta reparei nisto: Eu fiz o que me tinha proposto...

e esta hein?

Agora vocês perguntam(certamente com estas exactas palavras): Oh António! Dá-nos essa tua incomensurável sabedoria para poder realizar tais projectos!

E eu ai respondo: Basta proporem a vocês próprios algo que vocês façam inconscientemente. Prometam algo que vocês sentem que é vosso dever e que querem fazer, mas que há algo que vos impede.
Passo a dar o meu exemplo:
Antes de me juntar ao GdJ, nunca me tinha questionado sobre nada, nem feito esforço algum para nada ou por ninguém. A minha vida era um dia a seguir ao outro e o que passava, passava... Nunca gostei que assim fosse, mas o hábito não me deixava ir para além disso e como disse nunca tinha lutado por nada, não sabia como o fazer.
Quando me juntei ao GdJ começaram-me a cair coisas em cima... aos poucos e poucos iam havendo "problemas" que estavam ao meu alcance de serem resolvidos por mim e que pareciam que chamavam por mim, que estavam à espera que eu os resolvesse e que se não fosse eu, ninguém o faria. Eu pensei: Que fazer se não arregaçar as mangas?
Comecei a roubar tempo àquilo que começou a "ter menos valor" e a aquilo que como que chamava por mim. A minha resolução de ano foi: Dar-me o meu tempo... mais do que isso; Dar-me àquilo que chamava por mim, por como me ensinou a Clemência: Amar é dar-se! e eu decidi Amar... já há muito tempo que procurava por isso...
Essa foi a minha proposta para o Ano 2007: Amar, apesar das barreiras. E apesar de ouvir ralhetes de chegar tarde a casa, de "sair demasiadas vezes lá pós grupos de jovens" e etc. fiz sempre o que podia para Amar...


Acho que resultou mais ou menos comigo.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Uma nova imagem

E que tal uma fotografia nova no blog hum? Esta já está a ficar desactualizada, nós estamos muito mais giros agora lol
Uma daquelas de Taizé era uma boa ideia, bem luminosa!

Beijinhos busílicos

sábado, 15 de dezembro de 2007

E tu? O que esperas?

E tu? O que esperas?

Confesso que no meio da azáfama habitual característica da época natalícia (não das prendas, porque não tenho paciência nenhuma para compras, mas das avaliações de final de semestre) , poucas vezes paro a pensar o que de facto espero com o Natal. As coisas sucedem-se a um ritmo tão frenético que parece impossível acompanhar tudo, conseguindo ao mesmo tempo manter uma visão objectiva do que nos rodeia. E consequentemente, fico sem saber o que espero da minha vida.
Não acho que seja uma pergunta de resposta assim tão abstracta, porque o abstracto implica uma ausência de referente, e não poderia haaver referência maior que a nossa vida ou a nossa fé. Mas concordo no que respeita à complexidade da questão...
Acredito que quando algo é difícil de responder, é porque se trata de uma coisa importante...e a que devemos tentar responder a toda o custo! Mas, se calhar, temos de perceber, e o retiro fez-m ver isso, que esta resposta não vem instantaneamente, ao abrir a torneira da inspiração divina, mas que é uma resposta que se constrói ao longo da nossa própria vida...

O que mais gostei no retiro foi a PAZ sentida após um dia tão cheio...a sensação de absoluta calma e serenidade após um dia que muitos colegas e amigos meus considerariam PERDIDO em termos de trabalho ou de lazer...e o mais engraçado é que aprendi mais a ouvir a opinião dos outros do que ao revelar as minhas ao resto do grupo. Por exemplo, a certa altura, num instante bem genuíno, o Daniel disse como o tinha ajudado na semana anterior o facto de chegar ao fim de cada dia e ver apenas o lado positivo de tudo o que lhe acontecera - como sou uma pessoa que me enervo facilmente e super stressada, não imaginam como me revi neste comentário! Estou sempre a queixar-me de TUDO! Esta semana, resovi imitá-lo, e acreditem...tudo correu muito melhor...estupidamente muito melhor!

Acho que foi pequenas coisas como esta que trouxe do retiro...a oração do terço, com as preces individuais de cada um; as conversas descontraídas/sérias pelo meio das árvores, uma metade de sandes de ovo partilhada, uma visão do mar que nunca agradecemos por existir (eu nunca agradeci pelo mar, embora ache que é das coisas mais extraordinárias do mundo), ...

Como já estou a divagar lol é melhor prar por aqui. Por enquanto é tudo!
Beijinhos da Busílis

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Vocação

Este retiro foi aquele em que eu tinha mais coisas para dizer e foi aquele em que não disse nada...
São coisas que eu não gosto de falar, porque não quero que as outras pessoas oiçam para "bem delas".
No entanto a pergunta perturbou-me: E eu? O que é que eu espero?
Há pouco tempo fui-me confessar e esta foi uma das perguntas que coloquei a mim mesmo, pois acho que aquilo que eu espero tem directamente a haver com a minha vocação. O problema está em eu não saber qual é, e por isso não sei qual é a minha esperança, o meu sonho, o meu horizonte...
É engraçado, porque eu já tinha ido aquele "morro". Não fazia ideia que havia lá uma capelinha, mas eu fui e 3 ocasiões diferentes:
- Fui andar de bicicleta com o meu irmão e um amigo dele há já uns 4 ou 5 anos e fizemos um percurso diferente fizemos a subida, mas por outro lado do morro, mas fomos dar a um sítio também com uma vista lindíssima para o Tejo.
As outras duas foram este ano em que:
- Fui andar de bicicleta com o Fonseca e o Pedro (um que era da nossa turma) e fizemos uma paragem também numa outra encosta do morro e eu rendi-me a ficar lá a ver o espantoso pôr-do-Sol
- E outra em que eu e o Bruno fomos também andar de bicicleta onde também ficámos noutra encosta do morro e também ficámos num sítio a comer qualquer coisa e a olhar também para a vista.
E no meio de isto tudo para dizer o quê?
Já não me lembro, mas sei que me fez impressão porque na igreja, na manhã do retiro, falámos imenso do nosso Horizonte e quando nós chegámos lá acima, à capelinha, olhei para a paisagem, para o rio e não vi horizonte nenhum. Havia uma neblina que misturava azul com azul, o mar com o céu, o Horizonte com o Céu. E isto fez-me lembrar do que o Cónego Tito me disse no confessionário: A nossas vocação é sermos Santos.
Na altura a resposta não me ajudou de muito, mas é como pedra no sapato... é pequena mas chateia!

Fiquei eu a conhecer o meu Horizonte?
Fiquei a saber o que é que eu espero?
Fiquei a saber o que é que eu posso fazer para atingir aquilo que eu espero?

Não

Mas ajudou...

E tu, o que esperas??

Foi este o grande tema, por assim dizer, do nosso retiro de advento.
E quantas vezes é que nós já nos debruçámos sobre esta pergunta?? Se calhar já pensámos nisto algumas vezes, mas nunca chegamos a respostas concretas ou essa resposta não nos satisfaz ou etão não sabemos mesmo o que responder, como dizia a Raquel “é muito abstracto” e complexo.


Para mim a resposta a esta pergunta a princípio pareceu me complicada, durante o caminho todo que fizemos até à ermida no alto da Boa viagem fui pensando nela. E mesmo quando cheguei lá em cima e vi aquela paisagem: o mar, a maginal, a natureza :) Foi a primeira vez que fui lá a cima de dia e vi realmente a vista (porque ou vou lá para veladas d'armas nos escuteiros, que é de noite, ou então só passo lá) e isso fez me pensar a sério naquilo que eu esperava e pareceu me que tinha encontrado uma resposta: nascimento de Jesus no meu coração, na minha vida e na das pessoas que me rodeiam e tentar desprender me um pouco da nossa realidade tão mundana, simples, concreta, minimalistas, consumista etc etc...

Mas depois do retiro esta resposta não me contentou, vim para casa a pensar neste pergunta e cheguei à conclusão de que para mim é muito difícil dar uma resposta. Não significa que o que eu tinha dito anteriormente não fosse algo que eu esperava mas era apenas uma pesquena parte.... Penso que espero muito mais, mas ainda não sei o quê concretamente... penso que por agora ainda só consigo pensar numa resposta a curto prazo, uma meta curta, mas não é isso que quero e talvez zeja também já uma parte da resposta :P arranjar metas a longo prazo J

Mas sendo assim, quero incluir esta pergunta e a resposta no meu compromisso.

Assim para aqueles que não foram e para aqueles que foram fica aqui a minha partilha sobre o retiro =)
E para aqueles que não foram proponho-vos o mesmo desafio que foi proposto no retiro: E tu o que esperas?? E qual o teu compromisso?