Na tentativa de fazer isto ganhar vida, acho que pode-se começar por falar sobre o tema da ultima reunião (que espero que tenha sido este caso contrário estarei a enterrar-me):
O que é para nós a Quaresma...
Alguém que me corrija se alguma informação não estiver certa.
Estivemos a relembrar o que é historicamente e liturgicamente a Quaresma e consequentemente a Páscoa. Espero que toda a gente saiba, pois a história ainda é grandinha e não me apetece escrever muita coisa. Fizemos um jogo didáctico com objectivo de apercebermos melhor o percurso de dor e sofrimento que Jesus fez até à sua morte. Esse percurso muitas vezes também temos nós que o percorrer nas nossas vidas! Não é necessário que leve à morte, mas se levar tanto melhor, pois assim como Jesus poderemos ressuscitar! Poderemos voltar à vida!
Obviamente que isto é metafórico, mas ainda assim pode ser aplicado em muitas alturas da nossa vida. Naqueles momentos mais custosos, aqueles que parece que nunca mais passam e que param o tempo. Nos momentos de dor e sofrimento, também nós nesse momento de morte nos podemos erguer e de facto voltar à vida.
Se não é bem isto pode ser que seja qualquer coisa parecida.
Se não me engano, após terminado o jogo tivemos uma pequena conversa e foi abordado o tema da abstinência. Eu era para tomar palavra e partilhar a minha experiência lá, mas escapou oportunidade e portanto digo aqui.
Falou-se de quem fazia abstinência porque sim, por ser regra, por ser costume não comer carne às sextas-feiras durante a Quaresma, ou proibir os miúdos de comer doces. Eu durante esta Quaresma estou a fazer abstinência de realmente uma coisa simples: comida. É obvio que eu não estou em regime de água e pão nem por me dar jeito porque tenho que perder uns quilos (como eu já assisti). Estou a fazer abstinência de, nem mais nem menos do que lanches. Comida entre as refeições que eu comia muitas vezes em quantidades parvas que não era para saciar fome, mas só para… comer mesmo, só para encher o papo. Face a isso a comida que (e orgulho-me em dizer) a minha mãe prepara todos os dias para eu levar para a escola, eu não a como e dou aos meus colegas. Pode parecer uma coisa parva e relativamente estúpida, mas às vezes é difícil estar cheio de fome e em vez de comer a comida que temos na mala dá-mo-la a outra pessoa que também está com fome, ou então está só com larica. Confesso que até agora no período escolar conseguir resistir à tentação de comer qualquer coisinha, mas quando estou em casa não consigo resistir, uma coisa que vou ter que emendar e melhorar. Uns amigos meus perguntaram-me porque é que eu não comia aquilo e lhes estava a dar a eles e eu respondi-lhes com toda a naturalidade que estava a fazer abstinência daquela comida. Quando um deles disse isso a outro ou outro disse logo: Não sejas parvo! Na Quaresma a abstinência é não comer carne às sextas, não é croissants com cremes ou sandes mistas.
Para mim a abstinência não é seguir uma tradição (até porque se for uma terra de pescadores, não é sacrifício nenhum não comer carne às sextas), a abstinência é uma introspecção da vida de cada um e a prática é como que um emendo, um remendo, um penso na ferida que sangra lentamente. Dependendo de cada um podem curar a ferida que têm na mão ou a que têm no coração. Obviamente o ideal será cuidar das duas.
E isto tudo para dizer o quê?
Já não me lembro, mas pode ser que tenha feito sentido…
Orações de Taizé
No último Domingo de cada mês,
na Paróquia de N.ª Sr.ª do Cabo em Linda-a-Velha, às 21h30
animamos uma Oração de Taizé.
Venham rezar connosco!
domingo, 18 de março de 2007
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