É engraçado...
No outro dia alguém disse que não gostava do fim do ano, pois fazia lembrar as resoluções de ano novo, que ninguém se lembra delas durante o ano inteiro e depois quando se vai a ver o que tínhamos pensado fazer, reparamos na quantidade de coisas que não fizemos e o quão "más pessoas" nós somos...
Por acaso ontem matutei um pouco nisso e tentei-me lembrar de aquilo que eu tinha proposto a mim mesmo fazer.
Para falar verdade nunca liguei muito a essas propostas e nunca tinha feito nenhuma até à... faz agora um ano, aqui nos Permanecer...
No entanto tentei mesmo lembrar-me e quando me lembrei olhei para todo o ano que passou... lembrei-me de tanta coisa que estava esquecida!
Ao comparar todo o meu ano, com a proposta reparei nisto: Eu fiz o que me tinha proposto...
e esta hein?
Agora vocês perguntam(certamente com estas exactas palavras): Oh António! Dá-nos essa tua incomensurável sabedoria para poder realizar tais projectos!
E eu ai respondo: Basta proporem a vocês próprios algo que vocês façam inconscientemente. Prometam algo que vocês sentem que é vosso dever e que querem fazer, mas que há algo que vos impede.
Passo a dar o meu exemplo:
Antes de me juntar ao GdJ, nunca me tinha questionado sobre nada, nem feito esforço algum para nada ou por ninguém. A minha vida era um dia a seguir ao outro e o que passava, passava... Nunca gostei que assim fosse, mas o hábito não me deixava ir para além disso e como disse nunca tinha lutado por nada, não sabia como o fazer.
Quando me juntei ao GdJ começaram-me a cair coisas em cima... aos poucos e poucos iam havendo "problemas" que estavam ao meu alcance de serem resolvidos por mim e que pareciam que chamavam por mim, que estavam à espera que eu os resolvesse e que se não fosse eu, ninguém o faria. Eu pensei: Que fazer se não arregaçar as mangas?
Comecei a roubar tempo àquilo que começou a "ter menos valor" e a aquilo que como que chamava por mim. A minha resolução de ano foi: Dar-me o meu tempo... mais do que isso; Dar-me àquilo que chamava por mim, por como me ensinou a Clemência: Amar é dar-se! e eu decidi Amar... já há muito tempo que procurava por isso...
Essa foi a minha proposta para o Ano 2007: Amar, apesar das barreiras. E apesar de ouvir ralhetes de chegar tarde a casa, de "sair demasiadas vezes lá pós grupos de jovens" e etc. fiz sempre o que podia para Amar...
Acho que resultou mais ou menos comigo.
Orações de Taizé
No último Domingo de cada mês,
na Paróquia de N.ª Sr.ª do Cabo em Linda-a-Velha, às 21h30
animamos uma Oração de Taizé.
Venham rezar connosco!
segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
Uma nova imagem
E que tal uma fotografia nova no blog hum? Esta já está a ficar desactualizada, nós estamos muito mais giros agora lol
Uma daquelas de Taizé era uma boa ideia, bem luminosa!
Beijinhos busílicos
Uma daquelas de Taizé era uma boa ideia, bem luminosa!
Beijinhos busílicos
sábado, 15 de dezembro de 2007
E tu? O que esperas?
E tu? O que esperas?
Confesso que no meio da azáfama habitual característica da época natalícia (não das prendas, porque não tenho paciência nenhuma para compras, mas das avaliações de final de semestre) , poucas vezes paro a pensar o que de facto espero com o Natal. As coisas sucedem-se a um ritmo tão frenético que parece impossível acompanhar tudo, conseguindo ao mesmo tempo manter uma visão objectiva do que nos rodeia. E consequentemente, fico sem saber o que espero da minha vida.
Não acho que seja uma pergunta de resposta assim tão abstracta, porque o abstracto implica uma ausência de referente, e não poderia haaver referência maior que a nossa vida ou a nossa fé. Mas concordo no que respeita à complexidade da questão...
Acredito que quando algo é difícil de responder, é porque se trata de uma coisa importante...e a que devemos tentar responder a toda o custo! Mas, se calhar, temos de perceber, e o retiro fez-m ver isso, que esta resposta não vem instantaneamente, ao abrir a torneira da inspiração divina, mas que é uma resposta que se constrói ao longo da nossa própria vida...
O que mais gostei no retiro foi a PAZ sentida após um dia tão cheio...a sensação de absoluta calma e serenidade após um dia que muitos colegas e amigos meus considerariam PERDIDO em termos de trabalho ou de lazer...e o mais engraçado é que aprendi mais a ouvir a opinião dos outros do que ao revelar as minhas ao resto do grupo. Por exemplo, a certa altura, num instante bem genuíno, o Daniel disse como o tinha ajudado na semana anterior o facto de chegar ao fim de cada dia e ver apenas o lado positivo de tudo o que lhe acontecera - como sou uma pessoa que me enervo facilmente e super stressada, não imaginam como me revi neste comentário! Estou sempre a queixar-me de TUDO! Esta semana, resovi imitá-lo, e acreditem...tudo correu muito melhor...estupidamente muito melhor!
Acho que foi pequenas coisas como esta que trouxe do retiro...a oração do terço, com as preces individuais de cada um; as conversas descontraídas/sérias pelo meio das árvores, uma metade de sandes de ovo partilhada, uma visão do mar que nunca agradecemos por existir (eu nunca agradeci pelo mar, embora ache que é das coisas mais extraordinárias do mundo), ...
Como já estou a divagar lol é melhor prar por aqui. Por enquanto é tudo!
Beijinhos da Busílis
Confesso que no meio da azáfama habitual característica da época natalícia (não das prendas, porque não tenho paciência nenhuma para compras, mas das avaliações de final de semestre) , poucas vezes paro a pensar o que de facto espero com o Natal. As coisas sucedem-se a um ritmo tão frenético que parece impossível acompanhar tudo, conseguindo ao mesmo tempo manter uma visão objectiva do que nos rodeia. E consequentemente, fico sem saber o que espero da minha vida.
Não acho que seja uma pergunta de resposta assim tão abstracta, porque o abstracto implica uma ausência de referente, e não poderia haaver referência maior que a nossa vida ou a nossa fé. Mas concordo no que respeita à complexidade da questão...
Acredito que quando algo é difícil de responder, é porque se trata de uma coisa importante...e a que devemos tentar responder a toda o custo! Mas, se calhar, temos de perceber, e o retiro fez-m ver isso, que esta resposta não vem instantaneamente, ao abrir a torneira da inspiração divina, mas que é uma resposta que se constrói ao longo da nossa própria vida...
O que mais gostei no retiro foi a PAZ sentida após um dia tão cheio...a sensação de absoluta calma e serenidade após um dia que muitos colegas e amigos meus considerariam PERDIDO em termos de trabalho ou de lazer...e o mais engraçado é que aprendi mais a ouvir a opinião dos outros do que ao revelar as minhas ao resto do grupo. Por exemplo, a certa altura, num instante bem genuíno, o Daniel disse como o tinha ajudado na semana anterior o facto de chegar ao fim de cada dia e ver apenas o lado positivo de tudo o que lhe acontecera - como sou uma pessoa que me enervo facilmente e super stressada, não imaginam como me revi neste comentário! Estou sempre a queixar-me de TUDO! Esta semana, resovi imitá-lo, e acreditem...tudo correu muito melhor...estupidamente muito melhor!
Acho que foi pequenas coisas como esta que trouxe do retiro...a oração do terço, com as preces individuais de cada um; as conversas descontraídas/sérias pelo meio das árvores, uma metade de sandes de ovo partilhada, uma visão do mar que nunca agradecemos por existir (eu nunca agradeci pelo mar, embora ache que é das coisas mais extraordinárias do mundo), ...
Como já estou a divagar lol é melhor prar por aqui. Por enquanto é tudo!
Beijinhos da Busílis
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
Vocação
Este retiro foi aquele em que eu tinha mais coisas para dizer e foi aquele em que não disse nada...
São coisas que eu não gosto de falar, porque não quero que as outras pessoas oiçam para "bem delas".
No entanto a pergunta perturbou-me: E eu? O que é que eu espero?
Há pouco tempo fui-me confessar e esta foi uma das perguntas que coloquei a mim mesmo, pois acho que aquilo que eu espero tem directamente a haver com a minha vocação. O problema está em eu não saber qual é, e por isso não sei qual é a minha esperança, o meu sonho, o meu horizonte...
É engraçado, porque eu já tinha ido aquele "morro". Não fazia ideia que havia lá uma capelinha, mas eu fui e 3 ocasiões diferentes:
- Fui andar de bicicleta com o meu irmão e um amigo dele há já uns 4 ou 5 anos e fizemos um percurso diferente fizemos a subida, mas por outro lado do morro, mas fomos dar a um sítio também com uma vista lindíssima para o Tejo.
As outras duas foram este ano em que:
- Fui andar de bicicleta com o Fonseca e o Pedro (um que era da nossa turma) e fizemos uma paragem também numa outra encosta do morro e eu rendi-me a ficar lá a ver o espantoso pôr-do-Sol
- E outra em que eu e o Bruno fomos também andar de bicicleta onde também ficámos noutra encosta do morro e também ficámos num sítio a comer qualquer coisa e a olhar também para a vista.
E no meio de isto tudo para dizer o quê?
Já não me lembro, mas sei que me fez impressão porque na igreja, na manhã do retiro, falámos imenso do nosso Horizonte e quando nós chegámos lá acima, à capelinha, olhei para a paisagem, para o rio e não vi horizonte nenhum. Havia uma neblina que misturava azul com azul, o mar com o céu, o Horizonte com o Céu. E isto fez-me lembrar do que o Cónego Tito me disse no confessionário: A nossas vocação é sermos Santos.
Na altura a resposta não me ajudou de muito, mas é como pedra no sapato... é pequena mas chateia!
Fiquei eu a conhecer o meu Horizonte?
Fiquei a saber o que é que eu espero?
Fiquei a saber o que é que eu posso fazer para atingir aquilo que eu espero?
Não
Mas ajudou...
São coisas que eu não gosto de falar, porque não quero que as outras pessoas oiçam para "bem delas".
No entanto a pergunta perturbou-me: E eu? O que é que eu espero?
Há pouco tempo fui-me confessar e esta foi uma das perguntas que coloquei a mim mesmo, pois acho que aquilo que eu espero tem directamente a haver com a minha vocação. O problema está em eu não saber qual é, e por isso não sei qual é a minha esperança, o meu sonho, o meu horizonte...
É engraçado, porque eu já tinha ido aquele "morro". Não fazia ideia que havia lá uma capelinha, mas eu fui e 3 ocasiões diferentes:
- Fui andar de bicicleta com o meu irmão e um amigo dele há já uns 4 ou 5 anos e fizemos um percurso diferente fizemos a subida, mas por outro lado do morro, mas fomos dar a um sítio também com uma vista lindíssima para o Tejo.
As outras duas foram este ano em que:
- Fui andar de bicicleta com o Fonseca e o Pedro (um que era da nossa turma) e fizemos uma paragem também numa outra encosta do morro e eu rendi-me a ficar lá a ver o espantoso pôr-do-Sol
- E outra em que eu e o Bruno fomos também andar de bicicleta onde também ficámos noutra encosta do morro e também ficámos num sítio a comer qualquer coisa e a olhar também para a vista.
E no meio de isto tudo para dizer o quê?
Já não me lembro, mas sei que me fez impressão porque na igreja, na manhã do retiro, falámos imenso do nosso Horizonte e quando nós chegámos lá acima, à capelinha, olhei para a paisagem, para o rio e não vi horizonte nenhum. Havia uma neblina que misturava azul com azul, o mar com o céu, o Horizonte com o Céu. E isto fez-me lembrar do que o Cónego Tito me disse no confessionário: A nossas vocação é sermos Santos.
Na altura a resposta não me ajudou de muito, mas é como pedra no sapato... é pequena mas chateia!
Fiquei eu a conhecer o meu Horizonte?
Fiquei a saber o que é que eu espero?
Fiquei a saber o que é que eu posso fazer para atingir aquilo que eu espero?
Não
Mas ajudou...
E tu, o que esperas??
Foi este o grande tema, por assim dizer, do nosso retiro de advento.
E quantas vezes é que nós já nos debruçámos sobre esta pergunta?? Se calhar já pensámos nisto algumas vezes, mas nunca chegamos a respostas concretas ou essa resposta não nos satisfaz ou etão não sabemos mesmo o que responder, como dizia a Raquel “é muito abstracto” e complexo.
Para mim a resposta a esta pergunta a princípio pareceu me complicada, durante o caminho todo que fizemos até à ermida no alto da Boa viagem fui pensando nela. E mesmo quando cheguei lá em cima e vi aquela paisagem: o mar, a maginal, a natureza :) Foi a primeira vez que fui lá a cima de dia e vi realmente a vista (porque ou vou lá para veladas d'armas nos escuteiros, que é de noite, ou então só passo lá) e isso fez me pensar a sério naquilo que eu esperava e pareceu me que tinha encontrado uma resposta: nascimento de Jesus no meu coração, na minha vida e na das pessoas que me rodeiam e tentar desprender me um pouco da nossa realidade tão mundana, simples, concreta, minimalistas, consumista etc etc...
Mas depois do retiro esta resposta não me contentou, vim para casa a pensar neste pergunta e cheguei à conclusão de que para mim é muito difícil dar uma resposta. Não significa que o que eu tinha dito anteriormente não fosse algo que eu esperava mas era apenas uma pesquena parte.... Penso que espero muito mais, mas ainda não sei o quê concretamente... penso que por agora ainda só consigo pensar numa resposta a curto prazo, uma meta curta, mas não é isso que quero e talvez zeja também já uma parte da resposta :P arranjar metas a longo prazo J
Mas sendo assim, quero incluir esta pergunta e a resposta no meu compromisso.
Assim para aqueles que não foram e para aqueles que foram fica aqui a minha partilha sobre o retiro =)
E para aqueles que não foram proponho-vos o mesmo desafio que foi proposto no retiro: E tu o que esperas?? E qual o teu compromisso?
E quantas vezes é que nós já nos debruçámos sobre esta pergunta?? Se calhar já pensámos nisto algumas vezes, mas nunca chegamos a respostas concretas ou essa resposta não nos satisfaz ou etão não sabemos mesmo o que responder, como dizia a Raquel “é muito abstracto” e complexo.
Para mim a resposta a esta pergunta a princípio pareceu me complicada, durante o caminho todo que fizemos até à ermida no alto da Boa viagem fui pensando nela. E mesmo quando cheguei lá em cima e vi aquela paisagem: o mar, a maginal, a natureza :) Foi a primeira vez que fui lá a cima de dia e vi realmente a vista (porque ou vou lá para veladas d'armas nos escuteiros, que é de noite, ou então só passo lá) e isso fez me pensar a sério naquilo que eu esperava e pareceu me que tinha encontrado uma resposta: nascimento de Jesus no meu coração, na minha vida e na das pessoas que me rodeiam e tentar desprender me um pouco da nossa realidade tão mundana, simples, concreta, minimalistas, consumista etc etc...
Mas depois do retiro esta resposta não me contentou, vim para casa a pensar neste pergunta e cheguei à conclusão de que para mim é muito difícil dar uma resposta. Não significa que o que eu tinha dito anteriormente não fosse algo que eu esperava mas era apenas uma pesquena parte.... Penso que espero muito mais, mas ainda não sei o quê concretamente... penso que por agora ainda só consigo pensar numa resposta a curto prazo, uma meta curta, mas não é isso que quero e talvez zeja também já uma parte da resposta :P arranjar metas a longo prazo J
Mas sendo assim, quero incluir esta pergunta e a resposta no meu compromisso.
Assim para aqueles que não foram e para aqueles que foram fica aqui a minha partilha sobre o retiro =)
E para aqueles que não foram proponho-vos o mesmo desafio que foi proposto no retiro: E tu o que esperas?? E qual o teu compromisso?
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Um tempo
- Então como foi Taizé?
- Foi bom!
Isto foi o que, como sempre em quase todas as ocasiões, os meus pais me perguntaram e eu lhes respondi. E ficou por aí!
Tive 10 dias recheados de ideias, pensamentos e orações que já desvaneceram no meu pensamento (infelizmente); experiências que nunca tinha tido tido até à data!
Eu sempre gostei de observar, de esperar, de não fazer nada e penso que por isso Deus me deu tanto tempo livre desta vez que fui a Taizé. O meu único problema é que muitas vezes não reflicto sobre aquilo que vi, e há por isso há muita coisa que me parece passar ao lado... mas naquele momento que alguém me diz qualquer coisa eu digo: "Eu sei!" ou "Eu reparei!" porque de facto.... reparei!
No entanto quase nunca falo sobre aquilo que vi! E começo a estranhar quando me perguntam e eu tenho que falar sobre isso... fazem-me pensar sobre aquilo que vi e isso faz sentir estranho!
Mas penso que com tanto tempo livre, eu não me senti mal a pensar sobre tudo aquilo que me rodeava, até porque começava a fazê-lo sem dar-me conta.
Mas acho que já me esqueci do que tinha pensado na altura e de saber como se fazia...
e acho que já me perdi...
- Foi bom!
Isto foi o que, como sempre em quase todas as ocasiões, os meus pais me perguntaram e eu lhes respondi. E ficou por aí!
Tive 10 dias recheados de ideias, pensamentos e orações que já desvaneceram no meu pensamento (infelizmente); experiências que nunca tinha tido tido até à data!
Eu sempre gostei de observar, de esperar, de não fazer nada e penso que por isso Deus me deu tanto tempo livre desta vez que fui a Taizé. O meu único problema é que muitas vezes não reflicto sobre aquilo que vi, e há por isso há muita coisa que me parece passar ao lado... mas naquele momento que alguém me diz qualquer coisa eu digo: "Eu sei!" ou "Eu reparei!" porque de facto.... reparei!
No entanto quase nunca falo sobre aquilo que vi! E começo a estranhar quando me perguntam e eu tenho que falar sobre isso... fazem-me pensar sobre aquilo que vi e isso faz sentir estranho!
Mas penso que com tanto tempo livre, eu não me senti mal a pensar sobre tudo aquilo que me rodeava, até porque começava a fazê-lo sem dar-me conta.
Mas acho que já me esqueci do que tinha pensado na altura e de saber como se fazia...
e acho que já me perdi...
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
Taizé

Em Setembro durante uns dias (10 dias para ser mais correcta) o grupo de Jovens Permanecer "desapareceu" de Linda-a-Velha. Foi um “desaparecimento” planeado já há muito tempo e que finalmente se ia realizar : A ida a Taizé!
Assim no dia 1 de Setembro partimos para uma viagem e experiência única que nos marcou todos :D
Eu vou falar de um modo muito particular neste post... espero que não se importem =)
Eu escrevi nos vários postais que mandei que Taizé era um sítio diferente, simples e tão complexo ao mesmo tempo, um lugar especial... mas depois cheguei à conclusão que não é o local em si, nem o ambiente nem nada parecido... mas sim cada um de nós é que torna taizé naquilo que cada um sente e vê, cada um de nós é que torna Taizé naquilo que realmente É: Um lugar de partilha, de convivência, de amizade, de emoções e principalmente um lugar de comunhão com Deus e com os nossos irmãos, numa linguagem assim mais “escutista” o nosso próximo :D.
Na realidade eu não consigo encontrar muitas palavras para descrever o que senti em Taizé, mas espero que com o tempo consiga encontrar algumas, se bem que algumas já foram descobertas, e espero também conseguir viver aqui em Linda-a-Velha esse espírito, essa comunhão e partilha!
Mas engane-se quem pensa que em Taizé é tudo muito bonito, muito simpático e fácil, um mar de rosas! Errado!!! Eu tive o azar (ou a sorte) de ter ficado sozinha (única portuguesa) num grupo como contact person (que foi uma coisa para a qual me Voluntariei sem saber ao que ia, mas foi importante que tenha sido assim) e com 6 alemães, 2 polacas, 3 belgas e Japonês e uma coreana (uma multidão) e logo no 1º dia a coisa correu mal, muito mal mesmo... 2 das alemãs faziam bonecos e mandavam piadas em alemão e depois o pessoal não sabia bem o que fazer e dizer e criavam-se aqueles momentos de silêncio pesado e horrível (eu só ansiava pela hora da oração) e nesse mesmo dia eu só pensava “Amanhã tem que ser melhor... se não acho que não aguento”. E a verdade é que fui até ao fim, as palavras do Irmão Maxime (uma pessoa com uma sabedoria e inteligência impressionante, com um grande sentido do humor e com uma capacidade de falar enorme) ajudaram me muito (até porque as 2 alemãs devem se ter fartado de mim e deixaram o grupo) e no fim já não queria largar o meu grupo de reflexão =D
Foi importante esta estada em Taizé ter começado assim tão mal porque obrigou-me a “dar a volta por cima” e o facto de ser a única portuguesa foi um factor muito positivo, pois obrigou-me a esforçar-me para compreender os outros (por vezes o inglês deles não é o melhor e por vezes nem o meu xD) e a abrir horizontes. No nosso grupo nós trocávamos muitas impressões acerca da cultura de cada um, das tradições, etc etc e eu aprendi muito, se tivesse um português no grupo se calhar era mais fácil expressar me e se calhar não fazia tantos amigos :D Tem as suas vantagens e desvantagens.
Mas resumindo (até porque já escrevi muito) eu gostei imenso de ir a Taizé, foi o realizar de um objectivo e sonho meu. Taizé fez me despertar para várias coisas e assuntos, colocou-me questões, deu-me algumas respostas e fez-me sentir e ver Deus e todo o Seu Amor por nós, penso que venho diferente... e lembro me que foi difícil voltar me a habituar a “ouvir” a missa em Português, foi muito muito estranho J
Em Taizé eu compreendi e senti que as pequenas diferenças que existem entre os cristãos são tão insignificantes que nem sei porque é que existem, isso foi uma coisa que ainda me faz pensar a faz confusão... poruq em Taizé isso é tudo superado! Eu nunca imaginei ir a uma celebração protestante, mas fui e gostei muito :D
E o companheirismo e amizade que existe em Taizé é também algo fantástico! Quando alguém começava a cantarolar e a tocar haviam logo mais uns quantos que acompanhavam ou quando alguém começava a fazer um jogo haviam mais uns quantos que iam jogar, entre outras coisas. São estas pequenas coisas que nos surpreendem e fazem com que a convivência em Taizé seja algo fantástico e divertido, é como eu disse uma experiência única :D
Há muito mais para dizer e partilhar, mas, para além de não querer roubar as palavras aos outros, não me quero alongar ainda mais e é isto que eu considero importante :D
A partir de agora sei que vai ser diferente e até a oração de Taizé no outro dia nossa igreja já foi bastante diferente :D
E para finalizar espero que se por acaso quem esteja a ler isto já tenha ido a Taizé que escreva qualquer coisa ou se ainda não foi que pense bem em ir lá dar um saltinho :D
domingo, 8 de julho de 2007
Actualização do FTP
Para quem não sabe FTP significa File Transfer Protocol, ou seja, protocolo de transferência de ficheiros.
A UA (Universidade de Aveiro) faz o favor de disponibilizar um FTP a toda a gente, ou seja, qualquer um pode criar, aceder, modificar um FTP, desde que saiba que ele existe. Como já mostrei no post anterior, o nosso FTP tem por ligação: http://ftp.ua.pt/incoming/Permanecer
Qualquer um poder aceder a ele desde que em: http://ftp.ua.pt/incoming se lembre de escrever "Permanecer"
Apresentado o FTP, qualquer um pode ir lá pôr qualquer tipo de ficheiro, de qualquer tamanho. Agradecem-se contribuições produtivas!
E agora a verdadeira razão deste post:
Pus no nosso FTP um zip com musicas de Taizé... das dos CD's deles mesmo...
No ficheiro constam as músicas:
Bleibet hier
In Manus Tuas Pater
In Resurrectione Tua
Mon Ame Se Repouse
Nada Te Turbe
Beatus
The Kingdom of God
Tu sei
Aleluia (um deles)
A UA (Universidade de Aveiro) faz o favor de disponibilizar um FTP a toda a gente, ou seja, qualquer um pode criar, aceder, modificar um FTP, desde que saiba que ele existe. Como já mostrei no post anterior, o nosso FTP tem por ligação: http://ftp.ua.pt/incoming/Permanecer
Qualquer um poder aceder a ele desde que em: http://ftp.ua.pt/incoming se lembre de escrever "Permanecer"
Apresentado o FTP, qualquer um pode ir lá pôr qualquer tipo de ficheiro, de qualquer tamanho. Agradecem-se contribuições produtivas!
E agora a verdadeira razão deste post:
Pus no nosso FTP um zip com musicas de Taizé... das dos CD's deles mesmo...
No ficheiro constam as músicas:
Bleibet hier
In Manus Tuas Pater
In Resurrectione Tua
Mon Ame Se Repouse
Nada Te Turbe
Beatus
The Kingdom of God
Tu sei
Aleluia (um deles)
Slide Show 2006/2007
Para todos aqueles que querem saber o que os Permanecer andaram a fazer este ano de 2006/2007 podem ir aqui para sacar o slide show dos permanecer deste ano!
O Slide show inclui actividades como as do Magusto/Feira do Livro, Vigílias, ensaios para orações de taizé, etc...
O Slide show inclui actividades como as do Magusto/Feira do Livro, Vigílias, ensaios para orações de taizé, etc...
sexta-feira, 6 de julho de 2007
Dis-cur-so
Ontem, estava mesmo envergonhada e sem palavras. A única coisa que me saiu veio do baú das minhas memórias de infância e adolescência. Mas depois tive pena de não ter aproveitado o momento para dizer o que sentia e sinto.
É verdade que me apercebi que me estavam a preparar uma surpresa, e gostei muito do que fui percebendo. Gostei de ver o cuidado da minha mãe a falar muito baixinho para o meu pai, coisa que ela nunca faz, gostei das perguntas que me foram fazendo muito discretamente, gostei das mentiras carinhosas que me foram dizendo... Senti-me muito amada!
Para mim, estar viva é uma alegria enorme, como partilhei ontem no meu blog. Deus tem-me mimado muito ao longo destes aninhos. E neste último ano, em particular, sinto que cresci muito, e em grande parte, foi por vós e convosco. Por isso, mais do que vos agradecer a prenda e a vossa presença na minha festa, agradeço a Deus a vossa presença na minha vida!
Como diz o Poeta:
"Deus quer,
o homem sonha,
a obra nasce."
E vocês são um sonho a tornar-se realidade todos os dias, por vontade de Deus!
Obrigada por tudo,
Um abraço em Cristo da animadora que vos ama,
Ausenda Filipa :)
quinta-feira, 31 de maio de 2007
Vigília de Pentecostes
Sábado, dia 26/05/007, na Sé de Lisboa, houve uma Vigília de Pentecostes. Uma celebração bonita pela facto de no Pentecostes, como discípulos, nós recebemos o Espírito Santo, não necessáriamente pela forma das línguas de fogo, como aconteceu aos 12 e Maria (se não estou em erro), mas atravéz da vela que nos foi dada e acendida. Foi também nessa celebração que os jovens dos itenerário juvenil fizeram o seu comprimisso, tornando mais simbólica a celebração.
A querida da nossa coordenadora Ausenda Filipa teve a feliz ideia de sugerir que os Permanecer fossem à Vigilia, e nós fomos (os que puderam claro está)!
Apesar de alguma dificuldade de horários, os Permanecer foram chegando à Sé estando alguns deles assim antes de entrarem:
Notávelmente (começando da esquerda para a direita), o Daniel, a Raquel, a Inês, a Marta e o João estavam bastante ansiosos pela Vigília!
Após a celebração, o nosso grupo não quis apagar as velas e deu nisto:
Foi a partir desta altura que descobrimos que o Nuno já estava com fome e que eu estava bastante... coiso...
No entanto ficámos tds bonitos na foto de grupo:
Entretanto à saida da Sé, os vários grupos de jovens que tinham ido à Vigilia, que estavam a preparar-se para voltar a casa foram surpreendidos por um tempo de "convívio", pois o Grupo de Jovens Ser, de Amadora, sacou de uma viola e começaram a cantar cantigas.(lá porque ganharam o Festival da Canção Diocesana devem pensar que cantam bem :P) Ora nós que permaneciamos com as chamas das nossas velas acesas fizemos o nosso dever de partilhar a chama com toda a gente que ainda ali estava e juntamente com os Ser passou-se um serão agradável a cantar e tal...
domingo, 29 de abril de 2007
Crescendo!
Os Permanecer começam a fazer-se notar, a fazer-se ouvir e a fazer-se sentir por entre a comunidade. Felizmente, faz-se notar por bons motivos, parece-me... Continua a haver, como é claro a não saber o que é que um grupo de jovens faz, e sinceramente nem eu sei bem, mas pelo menos já não somos apenas os meninos e meninas dos bolos após a missa... agora somos também aqueles meninos e meninas bonitas que sabem cantar muito bem! Para além disso o GdJ causou impersão naqueles que foram crismados este ano e já há quems e queira juntar de livre e espontânea vontade aos
Permanecer. Espero que não seja só porque acham que têm muito geitinho para vender bolos e cantar... embora que se o tiverem quanto melhor!
No entanto, apesar de a nossa comunidade nos tratar como "meninos e meninas dos bolos", "Grupo Coral... Perdão Grupo de Jovens" ou a "Rapaziada" e "Maltosa" já não é mau pois ao menos já nos chamam...
Permanecer. Espero que não seja só porque acham que têm muito geitinho para vender bolos e cantar... embora que se o tiverem quanto melhor!
No entanto, apesar de a nossa comunidade nos tratar como "meninos e meninas dos bolos", "Grupo Coral... Perdão Grupo de Jovens" ou a "Rapaziada" e "Maltosa" já não é mau pois ao menos já nos chamam...
quarta-feira, 21 de março de 2007
terça-feira, 20 de março de 2007
Re: Quaresma
Sim, o tema era a Quaresma e não te enterraste!
Gostava só de acrescentar umas palavrinhas ao que dissemos no Sábado... Sim, mesmo tendo durado tanto tempo, eu não disse tudo o que tinha no meu caderninho :P
"Aquele jogo de que falaste chama-se "O Deserto" e tenta reporduzir a caminhada do Povo de Deus da opressão do Egipto para a liberdade da Terra Prometida. Esta caminhada é a imagem, o protótipo de qualquer caminhada pessoal ou comunitária: a libertação pessoal ou de um povo não é um processo de "mão beijada", mas é antes uma construção com avanços e recuos, com momentos de entusiasmo e de desânimo, mas com uma certeza: Deus nunca abandona o Seu Povo!
A Igreja como que regressa todos os anos ao "deserto", à semelhança do Povo Judeu e de Jesus, durante 40 dias, no tempo da Quaresma, para fazer retiro, para rever a Sua caminhada, voltando à fonte baptismal, ao alimento da Palavra de Deus, à renovação do coração e da vida, para voltar sempre de novo ao Mistério Pascal e celebrar, de coração renovado, a Festa da Páscoa.
Também cada um de nós precisa de ir ao "deserto": deixar de vez em quando o ritmo habitual da vida, levar apenas o absolutamente necessário e estar disponível para o encontro consigo mesmo, com o Senhor e a Sua Palavra; tempo de oração, de abertura de coração; tempo para interiorizar e saborear a Mensagem que somos chamados a anunciar!
E o "deserto" transforma-se em "oásis" florido, fecundo que alimenta e renova a caminhada da Vida!"
É neste contexto que todos os sacrifícios associados à Quaresma fazem sentido. Não fazemos abstinência de comida, por exemplo, porque até dá jeito emagrecer uns quilos (belo exemplo!), e sim porque queremos libertar-nos, não da fome mas, da gula. Custa? Custa, sim. Mas será possível haver mudança verdadeira sem sofrimento? Parece masoquista, mas não é, é realismo. Mesmo quando sabemos que a mudança nos leva a ser alguém melhor, mudar custa, é difícil desinstalarmo-nos daquilo a que estamos habituados, mesmo sabendo que não é o melhor para nós e/ou para os outros.
Parilho também a minha experiência convosco, apesar de não ser tão boa como a tua... Além da abstinência alimentar (ao contrário de ti, eu levo almoço barato de casa, e o dinheiro que gastaria nessa refeição vai para a minha renúncia quaresmal), eu decidi que ía "resistir" à TV à noite, para não me deitar tão tarde e assim estar mais acordada na minha oração da noite, já que é a única que faço e assim é o momento do dia que reservo para estar só com o Pai. Pois é, mas hoje é o primeiro dia que estou em casa e consigo cumprir o que me propus a fazer. E sabem porquê? Sabes porquê Baptista? Porque o teu post, a tua experiência tocou-me mesmo e deu-me força para lutar contra a minha preguiça. Como diz uma das velinhas que levei no Sábado: "A palavra convence, mas o exemplo arrasta." E o teu exemplo arrastou-me para este "deserto" que acredito que me levará à "Terra Prometida", a uma vida cada vez mais na presença de Deus.
Não podia deixar de partilhar isto hoje, e que:
"I am sure I shall see the goodness of the Lord in the land of the living.
Yes, I sall see the goodness of our God. Hold firm, trust in the Lord."
(é a música de Taizé que estou a ouvir :)
Beijinhos, para todos.
domingo, 18 de março de 2007
Na tentativa de fazer isto ganhar vida, acho que pode-se começar por falar sobre o tema da ultima reunião (que espero que tenha sido este caso contrário estarei a enterrar-me):
O que é para nós a Quaresma...
Alguém que me corrija se alguma informação não estiver certa.
Estivemos a relembrar o que é historicamente e liturgicamente a Quaresma e consequentemente a Páscoa. Espero que toda a gente saiba, pois a história ainda é grandinha e não me apetece escrever muita coisa. Fizemos um jogo didáctico com objectivo de apercebermos melhor o percurso de dor e sofrimento que Jesus fez até à sua morte. Esse percurso muitas vezes também temos nós que o percorrer nas nossas vidas! Não é necessário que leve à morte, mas se levar tanto melhor, pois assim como Jesus poderemos ressuscitar! Poderemos voltar à vida!
Obviamente que isto é metafórico, mas ainda assim pode ser aplicado em muitas alturas da nossa vida. Naqueles momentos mais custosos, aqueles que parece que nunca mais passam e que param o tempo. Nos momentos de dor e sofrimento, também nós nesse momento de morte nos podemos erguer e de facto voltar à vida.
Se não é bem isto pode ser que seja qualquer coisa parecida.
Se não me engano, após terminado o jogo tivemos uma pequena conversa e foi abordado o tema da abstinência. Eu era para tomar palavra e partilhar a minha experiência lá, mas escapou oportunidade e portanto digo aqui.
Falou-se de quem fazia abstinência porque sim, por ser regra, por ser costume não comer carne às sextas-feiras durante a Quaresma, ou proibir os miúdos de comer doces. Eu durante esta Quaresma estou a fazer abstinência de realmente uma coisa simples: comida. É obvio que eu não estou em regime de água e pão nem por me dar jeito porque tenho que perder uns quilos (como eu já assisti). Estou a fazer abstinência de, nem mais nem menos do que lanches. Comida entre as refeições que eu comia muitas vezes em quantidades parvas que não era para saciar fome, mas só para… comer mesmo, só para encher o papo. Face a isso a comida que (e orgulho-me em dizer) a minha mãe prepara todos os dias para eu levar para a escola, eu não a como e dou aos meus colegas. Pode parecer uma coisa parva e relativamente estúpida, mas às vezes é difícil estar cheio de fome e em vez de comer a comida que temos na mala dá-mo-la a outra pessoa que também está com fome, ou então está só com larica. Confesso que até agora no período escolar conseguir resistir à tentação de comer qualquer coisinha, mas quando estou em casa não consigo resistir, uma coisa que vou ter que emendar e melhorar. Uns amigos meus perguntaram-me porque é que eu não comia aquilo e lhes estava a dar a eles e eu respondi-lhes com toda a naturalidade que estava a fazer abstinência daquela comida. Quando um deles disse isso a outro ou outro disse logo: Não sejas parvo! Na Quaresma a abstinência é não comer carne às sextas, não é croissants com cremes ou sandes mistas.
Para mim a abstinência não é seguir uma tradição (até porque se for uma terra de pescadores, não é sacrifício nenhum não comer carne às sextas), a abstinência é uma introspecção da vida de cada um e a prática é como que um emendo, um remendo, um penso na ferida que sangra lentamente. Dependendo de cada um podem curar a ferida que têm na mão ou a que têm no coração. Obviamente o ideal será cuidar das duas.
E isto tudo para dizer o quê?
Já não me lembro, mas pode ser que tenha feito sentido…
O que é para nós a Quaresma...
Alguém que me corrija se alguma informação não estiver certa.
Estivemos a relembrar o que é historicamente e liturgicamente a Quaresma e consequentemente a Páscoa. Espero que toda a gente saiba, pois a história ainda é grandinha e não me apetece escrever muita coisa. Fizemos um jogo didáctico com objectivo de apercebermos melhor o percurso de dor e sofrimento que Jesus fez até à sua morte. Esse percurso muitas vezes também temos nós que o percorrer nas nossas vidas! Não é necessário que leve à morte, mas se levar tanto melhor, pois assim como Jesus poderemos ressuscitar! Poderemos voltar à vida!
Obviamente que isto é metafórico, mas ainda assim pode ser aplicado em muitas alturas da nossa vida. Naqueles momentos mais custosos, aqueles que parece que nunca mais passam e que param o tempo. Nos momentos de dor e sofrimento, também nós nesse momento de morte nos podemos erguer e de facto voltar à vida.
Se não é bem isto pode ser que seja qualquer coisa parecida.
Se não me engano, após terminado o jogo tivemos uma pequena conversa e foi abordado o tema da abstinência. Eu era para tomar palavra e partilhar a minha experiência lá, mas escapou oportunidade e portanto digo aqui.
Falou-se de quem fazia abstinência porque sim, por ser regra, por ser costume não comer carne às sextas-feiras durante a Quaresma, ou proibir os miúdos de comer doces. Eu durante esta Quaresma estou a fazer abstinência de realmente uma coisa simples: comida. É obvio que eu não estou em regime de água e pão nem por me dar jeito porque tenho que perder uns quilos (como eu já assisti). Estou a fazer abstinência de, nem mais nem menos do que lanches. Comida entre as refeições que eu comia muitas vezes em quantidades parvas que não era para saciar fome, mas só para… comer mesmo, só para encher o papo. Face a isso a comida que (e orgulho-me em dizer) a minha mãe prepara todos os dias para eu levar para a escola, eu não a como e dou aos meus colegas. Pode parecer uma coisa parva e relativamente estúpida, mas às vezes é difícil estar cheio de fome e em vez de comer a comida que temos na mala dá-mo-la a outra pessoa que também está com fome, ou então está só com larica. Confesso que até agora no período escolar conseguir resistir à tentação de comer qualquer coisinha, mas quando estou em casa não consigo resistir, uma coisa que vou ter que emendar e melhorar. Uns amigos meus perguntaram-me porque é que eu não comia aquilo e lhes estava a dar a eles e eu respondi-lhes com toda a naturalidade que estava a fazer abstinência daquela comida. Quando um deles disse isso a outro ou outro disse logo: Não sejas parvo! Na Quaresma a abstinência é não comer carne às sextas, não é croissants com cremes ou sandes mistas.
Para mim a abstinência não é seguir uma tradição (até porque se for uma terra de pescadores, não é sacrifício nenhum não comer carne às sextas), a abstinência é uma introspecção da vida de cada um e a prática é como que um emendo, um remendo, um penso na ferida que sangra lentamente. Dependendo de cada um podem curar a ferida que têm na mão ou a que têm no coração. Obviamente o ideal será cuidar das duas.
E isto tudo para dizer o quê?
Já não me lembro, mas pode ser que tenha feito sentido…
segunda-feira, 12 de março de 2007
Passo a Passo
Obrigada, Luís, por teres dado o primeiro passo =)
.
"Passo a passo, grão a grão, completamos esta construção
Não imaginas o poder que te puseram na palma da mão
Recolhe a âncora, faz-te ao mar, rumo ao Norte tu vais navegar
Há Alguém que acredita que tu tens força p'ra remar"
.
Que este blog seja mais um espaço de partilha, onde todos possam clarificar o que sentem e vivem ao concretizá-lo em palavras. E que, também através dele, sejam Exemplo e Força para outros jovens como nós ;)
sexta-feira, 9 de março de 2007
Tenho a alegria de vos apresentar o Blog do grupo de jovens Permanecer de Linda-a-Velha:
permanecer-grupodejovens.blogspot.com.
Um abraço em Cristo
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