"Será que estamos suficientemente cientes de que, há dois mil anos atrás, Cristo veio à Terra, não para começar uma nova religião, mas para oferecer a cada ser humano uma comunhão com Deus? Desde a sua Ressureição, a presença de Cristo tornou-se tangível através de uma comunhão de Amor que é a Igreja.
Terão os Cristãos corações grandes o suficiente, imaginações abertas o suficiente e um amor ardente o suficiente para descobrir este caminho do Evangelho: viver sem demora como pessoas reconciliadas?"
Irmão Roger, "Opening Paths of Trust"
Fiz questão de ir buscar a minha cruz azul pequenina de Taizé enquanto escrevia este post. Deve ser para dar inspiração, porque as terças feiras à noite dão cabo de mim e tiram-ma toda.
Gosto da cruz de Taizé. É uma cruz ecuménica...não se assemelha a nenhuma outra cruz, de qualquer fé cristã. Fala a todos, lembra o Espírito Santo, é como uma pomba (estilizada e tudo). Talvez por o Ecumenismo ser isso mesmo - uma acção do Espírito Sasnto em nós, que nos faz falar todas as línguas, ou pelo menos, a língua mais universal de todas, que é a língua do próprio Amor...
Gosto da minha pequena cruz-pomba de Taizé...foi-me oferecida, num momento de partida, antes da missa do último dia, por um amigo de outra fé cristã, um rapaz protestante. E, embora durante os grupos de relfexão tivéssemos tido algumas divergências, senti o mundo em meu redor avançar um passinho em frente, rumo à Verdade, no momento em que ele ma pôs ao pescoço.
Repetindo as palavras do irmão Roger, Cristo não veio à terra para fundar uma nova religião, mas oferecer-se numa comunhão de Amor. Uma Igreja. Um Corpo. Penso muitas vezes quão doloroso deve ser para Deus ver o seu corpo desmembrado por divergências e desapegos vários. Ver os Cristãos não unidos, mas dispersos, divididos! Em Taizé, confesso que o meu grande entusiasmo residia em conversar com essas pessoas, provenientes de comunidades diferentes da nossa, de ritos diferentes dos nossos...perceber quais eram os laços e quais as quebras entre mim e eles, não por ler num livro ou por ouvir um catequista falar, mas estando ali, no local, em frente à pessoa, ouvindo-a e percebendo que o grande elo será sempre CRISTO, e que só através dele se constroem verdadeiras pontes :)
O ano passado não pude ir à vigília Ecuménica, mas se tudo correr bem, este ano não faltarei!
Beijinhos para todos
Orações de Taizé
No último Domingo de cada mês,
na Paróquia de N.ª Sr.ª do Cabo em Linda-a-Velha, às 21h30
animamos uma Oração de Taizé.
Venham rezar connosco!
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1 comentário:
É engraçado...
Eu considero Taizé não mais que uma aldeia.
Ainda há pouco perguntava-me uma pessoa sobre umas "cadeiras especiais" (longa história):
O que é que as cadeiras têm de especial?
E eu respondi:
As cadeiras não têm nada de especial, quem se senta nelas é que é especial!
Taizé marcou-me pelas pessoas sobretudo. Não pelos cânticos, não pelo lago do silêncio, não pela igreja, não pela comida, não pela paisagem...
Pelas pessoas.
Talvez de facto seja um pouco do Espírito Santo em nós. Acho que tens razão Sara...
tantas línguas, tantas ideias, tantas caras, tanta comunhão!
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